Irreverência, Bom Humor e Sofisticação, pinceladas de Vera
Egrégora é como se denomina a força espiritual criada a partir da soma de energias coletivas (mentais, emocionais) fruto da congregação de duas ou mais pessoas (ou muitas… Milhares!), publica Vera em sua página do Facebook a respeito das Olimpíadas encerrada dias passados no Rio de Janeiro.
Uma atriz dotada de um humor irreverente recheado de cultura presenteia-nos com fotos sempre divertidas e legendas hilárias. E assim Vera cuida de sua página na mídia social.
Suas publicações nunca passam em branco, pudera, afinal Vera sempre interpreta naquele momento pensamentos e atos muito além de nossa simples imaginação. Digno de uma grande atriz que sempre arrasa nos palcos e na tv.
Um pouco de Vera Holtz:
Após cursar a Escola de Arte Dramática (EAD) e a Escola de Teatro da Uni-Rio, além de outros cursos, Vera estreia profissionalmente em Rasga Coração, de Oduvaldo Vianna Filho, com direção de José Renato, em 1979. Dois anos após, integra o Grupo TAPA, ainda na fase carioca, com o qual realiza diversos espetáculos: O Anel e a Rosa, de Thakaray, 1981; Tempo Quente na Floresta Azul, de Orígenes Lessa, em 1983, e Caiu o Ministério, de França Jr., em 1985, encenações de Eduardo Tolentino de Araújo.
Para se manter, inicialmente trabalhou no Instituto de Pesquisas Tecnológicas da Universidade de São Paulo – IPT, que a transferiu posteriormente para o Rio de Janeiro, onde desenhava mapas.
Em 1981, está em Na Terra do Pau Brasil, Nem Tudo Caminha, Viu?, ao lado de Ary Fontoura, exercitando sua face de comediante. No ano seguinte, apresenta-se no vaudeville E Agora, Hermínia, de Maugnier, direção de Bibi Ferreira. Nova oportunidade de comédia surge em 1983, com O Dia em Que Alfredo Virou a Mão, de João Bethencourt. Mesmo ano em que integra a produção Motivo Simples, de Celina Sodré. Diretora com quem volta aos palcos, em 1984, em Sem Sutiã, Uma Revista Feminina, também de Celina Sodré, em parceria com Fátima Valença.
Em 1990 ganha o Prêmio Shell de melhor atriz com a peça Os Fodidos Privilegiados de Antônio Abujamra e em 1995 emplaca o absoluto sucesso, atuando como Pérola, arrecadando diversos prêmios pelo Brasil inteiro com a comédia de mesmo nome de Mauro Rasi. Incríveis espetáculos!
Numa análise do espetáculo Medeamaterial, o crítico Jefferson Del Rios observa: […] Mas há o desempenho de Vera Holtz e a magia aparece. Inteiramente tomada pela personagem, criando com a voz e os gestos um clima de grandeza, ela instaura a força da tragédia grega. O que antes poderia ser mero efeito ou equívoco, atinge, finalmente, dimensões de cerimonial transcendente. Vera Holtz e os meninos atores e percussionistas do Olodum fazem a poesia do espetáculo”.
Vera, em 2008, na novela Três Irmãs atuou como a antagonista central Violeta Áquila, recebendo muitos elogios da crítica por seu desempenho. Em 2010 atuou em Passione de Sílvio de Abreu, onde interpretou brilhantemente a honesta Candê.
Em 2012, interpretou a antológica Mãe Lucinda, personagem que a imortalizou como “mãe do lixão”, na novela de João Emanuel CarneiroAvenida Brasil.
Em 2013, interpreta mais um papel de destaque, na novela Saramandaia como a obesa Dona Redonda, considerada histórica na teledramaturgia brasileira. Para caracterizar-se como a personagem, Vera teve que usar peruca, maquiagem e enchimento no corpo.  Em 2014 interpreta Vic Garcez, no remake de O Rebu.  Em 2016 Vera fara um dos personagens principais em A Lei do Amor de Maria Adelaide Amaral e Vicente Villari.
Simplesmente completa, apaixonante!