Delícias Peruanas e Fusion Cuisine na capital alagoana
Maceió é deslumbrante, um mar de um azul fora do comum no Brasil, parecido com o do Caribe e o das Maldivas. Um azul que penetra a alma.
Todo destino especial merece ter uma gastronomia Premium e a cidade de Maceió foi abençoada com as mãos e a cabeça de Simone Bert, alagoana casada com um peruano. Só poderia dar mesmo um resultado de delícias e Sucesso.
O restaurante Wanchako é simplesmente um charme, um pedacinho do Peru com incríveis artesanatos, que recebe-nos de braços abertos e sorriso largo.
Hoje o Wanchako está entre os “top five” de Maceió e é considerado um dos melhores restaurantes peruanos do Brasil, beneficiado da fartura da atividade pesqueira local, que oferece pescados e frutos do mar em quantidade e qualidade.
Há mais de 22 anos à frente do Wanchako, a chef alagoana Simone Bert passou seis anos no Peru aprendendo a decifrar os sabores da gastronomia local. “Aprendi muito com a minha sogra, que é peruana, fiz cursos em Lima e tive contato com alguns dos principais profissionais da cozinha do Peru antes de abrir o restaurante”, diz a proprietária do lugar.
Sem deixar de fora o tradicional pisco sour, o cardápio do Wanchako é praticamente destinado a dois pratos típicos do Peru: os ceviches (peixes curtidos no limão e servidos com batata-doce e milho verde) e os tiraditos (fatias de peixe banhadas em diversos molhos), ambos preparados com o tempero levemente picante dos ajís (pimentas) vermelho e amarelo. Há também opções de petiscos, além de massas e pratos que fazem um mix com a culinária japonesa.
Em busca de incrementar elementos da cozinha novoandina ao menu da casa alagoana, Simone viaja duas vezes por ano para o Peru. Um de seus destinos recorrentes é a província de Trujillo, onde fica a praia de Huanchaco, que serviu como inspiração para o nome do restaurante e é também o local em que seu marido, José Luís, nasceu. A região é também famosa pelos caballitos de totora, embarcações bem peculiares que foram herdadas das antigas civilizações do litoral peruano.
Nessa constante busca pela integração com o sabor peruano, a chef acabou tendo que adaptar a matéria-prima de seus principais pratos, os peixes. “Um dos principais desafios que tive quando abri o restaurante foi a substituição dos peixes do Pacífico, que não temos por aqui. Resolvi então usar o camurim, um robalo da região que se encaixa como uma luva para os tiraditos e cebiches, por exemplo”, diz ela.
Outra invenção da chef é a preparação de um molho específico para cada prato, o que, em suas palavras, gera uma “explosão de sabor” e torna cada item do menu único. Entre as sobremesas uma das mais famosas é o Suspiro Limeño, que tem como elementos principais uma combinação entre creme de ovos e suspiro de vinho do Porto. Eu provei e quase pirei de tão bom!
Parada obrigatória na cidade pelo menos duas vezes em uma semana. Certeza absoluta de satisfação e uma experiencia de puros prazeres!